Autarquia tem reunido com as diferentes organizações gestoras das zonas de caça
Os danos provocados por javalis no concelho de Sever do Vouga mostram uma situação preocupante, levando a Câmara Municipal a promover a colaboração interassociativa de forma a minimizar esta problemática.
O concelho tem, maioritariamente, o seu território classificado em regime ordenado, restando ainda algumas áreas pontuais em regime livre.
O regime ordenado encontra-se dividido em Zonas de Caça Municipais (ZCM), cujo objetivo é proporcionar o exercício organizado da caça a um número maximizado de caçadores em condições particularmente acessíveis.
Por concessão – tutelada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) – existem quatro ZCM em Sever do Vouga: ZCM Silva Escura, gerida pelo Clube de Caça e Pesca de Silva Escura, com área de 3061 ha, que compreende parte da União de Freguesias de Silva Escura e Dornelas, Pessegueiro e Sever do Vouga; ZCM Rocas e Couto Esteves, gerida pelo Clube de Caça e Pesca de Rocas do Vouga e Couto Esteves, com área de 2234 ha, que compreende as freguesias de Rocas do Vouga e Couto Esteves; ZCM Sever Sul, gerida pela Associação Desportiva de Caça e Pesca Sever Sul, com área de 4123 ha, que compreende as freguesias de Talhadas e a União das Freguesias de Cedrim e Paradela; ZCM de Dornelas do Vouga, gerida pelo Clube de Caça e Pesca Dornelas do Vouga, com a área de 751 ha, que compreende parte da União de Freguesias de Silva Escura e Dornelas.
A autarquia tem reunido com as diferentes organizações gestoras das zonas de caça, a última das quais decorreu no passado dia 27 de abril, motivada, sobretudo, pelo descontentamento crescente por parte da população.
A expansão natural da espécie, o tipo de floresta, a redução e o modelo dos cultivos foram apontadas como as principais causas do aumento de casos, durante a referida reunião, em que estiveram os representantes das ZCM, à exceção da Associação Desportiva de Caça e Pesca Sever Sul.
A pedido da autarquia, foi solicitado às associações presentes que promovessem métodos de abate ou afugentamento da espécie para minimizar os danos agrícolas, que fossem solicitados pedidos de correção extraordinários ao ICNF, assim como dedicadas mais jornadas de caça a esta espécie nos planos de exploração das ZCM de forma a aumentar o período de incidência da caça sobre esta espécie.
Foram expostas as ações já efetuadas desde o início do ano, tendo registado já um total de abates muito próximo dos 30 exemplares, através de montarias e esperas efetuadas. Constatou-se que este último método de caça, as esperas, tem sido o mais eficaz no controle de exemplares. Porém, sendo um método essencialmente noturno e silencioso, tem passado despercebido às populações a sua realização e os consequentes resultados.
As associações expuseram também os condicionantes legais que impedem a caça junto às povoações, zonas industriais e as restrições dos períodos de caça que condicionam o abate de javalis.
Foi definido um circuito de comunicação das queixas que a população transmite ao município, que envolve a informação conjunta ao ICNF e à respetiva associação da ZCM da área reportada, com vista, caso seja possível, à realização de ações de abate ou afugentamento nesse local.
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