Emprego público aumenta apesar da queda global nos números do emprego

Randstad Research acaba de apresentar os 50 destaques do último trimestre de 2023, em Portugal. Neste estudo a empresa analisou as estatísticas relativas ao mercado de trabalho e aos temas macroeconómicos que o influenciam e inclui os dados do mercado disponíveis até ao momento pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o Ministério do Trabalho, o Banco de Portugal e Eurostat.

O número de pessoas empregadas diminuiu em 35,0 mil pessoas no quarto trimestre de 2023, o que situou o número de profissionais em 4,98 milhões, deixando para trás o valor recorde que superava os 5 milhões de profissionais no mercado de trabalho português.

Pelo contrário, o emprego na administração pública aumentou em 3.239 pessoas (+0,4%) num ano e, no quarto trimestre de 2023 alcançou os 745.406 profissionais. No último trimestre houve um aumento de 7.204 pessoas (+1,0%), sendo que 37,2% atuam na área da saúde e educação.

Outro dos indicadores analisados diz respeito ao teletrabalho que registou um aumento em 51,5 mil pessoas com possibilidade de teletrabalho no último trimestre do ano transato, sendo um total de 928,8 mil pessoas: 18,6% do total de trabalhadores em Portugal. A maior concentração de pessoas a trabalhar a partir de casa está na zona da Grande Lisboa (31,8%). O teletrabalho é mais frequente para profissionais com elevada qualificação e em idades intermédias (dos 25 aos 44 anos).

Do total de 354,6 mil desempregados, 39,7% (140,7 mil desempregados) estão à procura de emprego há mais de um ano, uma proporção que diminuiu 6,5 p.p. no último ano. O desemprego aumentou em 28.500 pessoas no último trimestre de 2023.

Comparativo com a União Europeia

  • 34,1% de todas as pessoas empregadas em Portugal têm um baixo nível de qualificação (no máximo têm o ensino secundário obrigatório), proporção que duplica a média da UE.
  • A taxa de emprego em Portugal, na faixa etária dos 16 aos 64 anos (73,0%), supera a média europeia em 2,3 pontos percentuais.

Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad Portugal, comenta: “A análise que fazemos na Randstad Research é muito relevante para os gestores, pois permite tomar decisões estratégicas no que diz respeito ao recrutamento e à retenção dos talentos. Com estes insights podemos oferecer maior valor aos nossos clientes, ao ajudá-los a tomar decisões mais informadas, a antecipar necessidades futuras, a otimizar processos, a personalizar serviços e manterem-se competitivos no mercado”.