Uma delegação do PCP, que incluiu Carlos Ramos e Paulo Pereira, candidatos à Câmara Municipal e União de Freguesias, visitou recentemente o Furadouro, auscultando a população sobre os seus problemas de transportes, de iluminação e de desinvestimento que Câmara Municipal e a Junta de Freguesia têm votado o Furadouro.
O problema mais gritante é sem dúvida o dos transportes, nomeadamente a ligação ao Centro de Ovar. “À boleia” do COVID19, e sem que haja justificação lógica para tal, a empresa de transportes suprimiu vários horários, e mais grave ainda, suspendeu todos os horários de fim de semana, votando o Furadouro ao maior isolamento em termos de transportes públicos.
Os habitantes do Furadouro são praticamente forçados a ter carro. Aqueles que não o têm, para além de preços elevados pela viagem até Ovar (ida e volta são 3,80€), ficam ainda privados, por exemplo com o fim do serviço ao fim-de-semana, de recorrer ao Mercado Municipal de Ovar aos sábados, para se abastecer.
A população teria como alternativa o Mercado do Furadouro, não fosse o pormenor desta infraestrutura de elevado potencial estar completamente ao abandono, tal como tem estado, aliás, nos últimos 25 anos, servindo apenas para eventos ocasionais. Um estrutura de elevado potencial e bem desenhada mas que, por falta de manutenção, se apresenta degradada, em nada dignifica os eventos pontuais que nela têm lugar.
Não é de todo compreensível que uma localidade que vive particularmente do turismo sazonal, apresente os actuais problemas de estacionamento automóvel, que é praticamente o único meio possível no actual contexto de ausência de transportes públicos ao fim de semana.
À ausência de uma estratégia de transportes, associa-se uma ausência de estratégia de habitação, optando-se por licenciar mais construção em altura perto do mar, contrariamente ao que aconselharia a cautela numa localidade onde o avanço do mar é uma evidência.
Uma área em que o espaço público deveria garantir as melhores condições para a população, para os turistas e para a actividade económica em geral – mais activa na época balnear – verifica-se, para cúmulo a falha de iluminação na marginal, que se arrasta há pelo menos 2 anos.
A CDU defende a reabertura imediata do transporte público ao fim de semana, bem como a reactivação do número de ligações prévias à pandemia, nos dias de semana. Exige-se ainda a melhoria da qualidade dos veículos (autocarros), reconhecidamente velhos e com parcas condições de conforto.
Paralela e complementarmente, importa alargar o PART – Programa de Apoio à Redução Tarifária – quer no que respeita aos valores para o utilizar, quer no que respeita ao tipo de viagens abrangidas: deverá ser alargado para viagens fora do município e fora da área da CIRA (Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro), conforme já alertado pelo deputado municipal do PCP, Miguel Jeri. O PCP e o PEV têm, aliás, um enorme património nacional em defesa de políticas de transporte ao serviço das populações.
Relativamente à iluminação, os responsáveis devem ser imediatamente instados a corrigir as deficiências e garantir a iluminação, em prol das gentes do Furadouro, e especialmente numa época crítica para o comércio local. Finalmente, a CDU defende a reabertura, dinamização do Mercado do Furadouro, encontrando junto da comunidade local, soluções para a sua dinamização e maximização do seu potencial.
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