No Baixo Mondego, a Economia do Mar integra mais de 200 entidades, significando uma faturação anual a rondar os 125 milhões, exportações de 40 milhões e um VAB de 27 milhões de euros. No Alto Minho, é composta por mais de 300 entidades, as quais representam um volume de negócios de 204 milhões de euros, exportações de 91 milhões de euros e um VAB de 62 milhões de euros.
O peso da Economia do Mar para estas duas regiões foi o motivo que levou a ACIFF – Associação Industrial da Figueira da Foz a unir esforços com a AEVC – Associação Empresarial de Viana do Castelo para criarem o projeto InovSea que arrancou com as #1 jornada INOVAR, este sábado. Um evento colaborativo que promoveu a inovação e a transferência de conhecimento no âmbito da economia azul, explorando o potencial das redes de inovação e a cooperação empresarial e inter organizacional.
A iniciativa foi conduzida por especialistas, juntando empresas das várias fileiras da economia do mar, entidades do sistema científico e tecnológico e responsáveis nacionais pela promoção da inovação. Foram ainda apresentados vários casos de estudo e feita a eleita a empresa com a distinção “Mais inovadora”.
“Os objetivos do INOVSEA passam por dinamizar e estimular todas as fileiras do setor da Economia do Mar, considerando o potencial global disponível. Importa recordar que a zona económica exclusiva (ZEE) portuguesa é uma das maiores do mundo, com mais de 2000 quilómetros de linha de costa, com um extraordinário potencial ao nível dos recursos marinhos e das atividades de turismo, lazer e recreio,” afirma Nuno Lopes, Presidente da ACIFF.
“O investimento e a especialização das regiões em novas atividades emergentes são importantes, enquanto motor para um posicionamento dianteiro na valorização económica do mar e pela sua importância futura na produção sustentável, em quantidade, qualidade e segurança de alimentos e energia ou novos produtos para a saúde, entre outros. A este nível, o Alto Minho destaca-se pelo seu papel pioneiro e peso da atividade de produção de energias renováveis no VAB e volume de negócios da Economia do Mar,” partilha Manuel Cunha Junior, Presidente da AEVC.
Os desafios relacionados com o modelo empresarial visam garantir a competitividade das atividades económicas e a sustentabilidade dos recursos a longo prazo, mas também a concretização das oportunidades e do potencial da Economia do Mar nas regiões do Alto Minho e do Baixo Mondego.
Depois de elaborado um levantamento da capacidade instalada e de publicado o plano de ação, o projeto Inovsea organiza, agora, quatro jornadas de inovação e transferência de conhecimento, subordinadas às temáticas das redes de inovação, de cooperação, de exportação e da competitividade.
Espera-se que, com estas atividades, seja possível promover o networking e a capacidade de criação de redes de cooperação entre os diversos agentes da economia do mar, com o objetivo de criar um setor mais sustentável e criador de riqueza e de emprego. A próxima Jornada está prevista para realizar em Viana do Castelo no dia 11 de novembro.
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