CDU debate cultura em Aveiro

A candidatura da CDU promoveu um debate público sobre cultura na praça Melo Freitas com a participação de vários candidatos e activistas. Na mesa estiveram Miguel Viegas e Emídio Abrantes, candidatos à Câmara de Aveiro e à União das Juntas de Glória e Vera Cruz. Para a CDU a cultura é muito mais do que um bem transacionável. Nesta medida a CDU defende para Aveiro um política de serviço público para a cultura assente numa gestão participada com o movimento associativo e as diversas companhias que trabalham todos os dias para a fruição cultural da população.

Durante o debate, várias foram as intervenções vindas de pessoas ligadas directamente ao mundo artístico e cultural. Se as dificuldades eram muitas, a situação agravou-se ainda mais com a pandemia. A política cultural da câmara baseia-se exclusivamente em eventos mediáticos, importando espectáculos com fundos que deveriam ser investidos localmente. Neste sentido, sendo normal a visita de artistas de fora, deveria haver um maior equilíbrio com a produção local em claro benefício para o concelho.

Pela parte da CDU, o compromisso é claro: aumentar as dotações afectas à cultura e dar mais meios e condições aos agentes locais e realizar uma gestão participada envolvendo o movimento associativo do concelho. De acordo com Miguel Viegas, a CDU tem uma proposta estratégica para a cultura que passa por 3 áreas fundamentais: o património com destaque para a recuperação das salinas, a oferta cultural com propostas específicas, entre as quais ressalta a realização anual de um festival de teatro, e a construção de um centro de criação artística, aproveitando os armazéns de sal existentes junto ao canal São Roque. Este centro serviria para acolher artistas jovens para poder dar largas à sua criatividade artística, representando ao mesmo tempo um pólo de dinamização cultural numa zona deprimida da cidade.

Miguel Viegas: “A CDU apoia a candidatura de Aveiro a Capital Europeia da Cultura 2027, mas exige que a mesma esteja ao serviço do desenvolvimento da cultura e dos seus agentes. Não queremos que seja apenas mais um fenómeno mediático apenas para encher o olho!”

Emídio Abrantes: “Temos um rico tecido associativo que merece mais apoios para poder continuar a produzir arte e preservar a nossa cultura e a nossa identidade!”