Coimbra não é só uma cidade é uma região

Como dizia Hubert H. Humphrey

: “Errar é humano. Culpar outra pessoa é política”. Quando no dia 6 de Outubro abro um dos vários jornais que leio vespertinamente, e qual é o meu espanto quando sou inquietado com uma entrevista do recentemente eleito democraticamente Presidente do Município de Coimbra José Manuel Silva com afirmações como: “Não se vivia democracia na Câmara de Coimbra”, “Falta Coimbra à região de Coimbra” ou até “A CIM de Coimbra teria todo o benefício em ser presidida por Coimbra”. A minha surpresa não se esgota com as minhas expectativas enquanto autarca membro da CIM Região de Coimbra ou Presidente da Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista mas com as contradições estratégicas de intenções, e em boa parte pelo desconhecimento dos dossiers e leis que sustentam e enquadram Regime jurídico das autarquias locais e por conseguinte o estatuto das entidades intermunicipais por parte de José Manuel Silva.

Considero que não é sério nem ético que uma afirmação de liderança perante a cidade de Coimbra fique coxa na combinação de estratégia e carácter. Mas mesmo assim acredito convictamente que se tiver que ficar numa só perna que seja a do carácter e não da estratégia. Isto porque diminuir os municípios menores da região em comparação com a capital de distrito é um ataque ao desenvolvimento da região como um todo, à criação de sinergias e dinâmicas de atractividade económica e de obras estruturantes promotoras de fortalecimento dos territórios de baixa densidade que diga-se em boa verdade: “ Em Portugal são todos (territórios de baixa densidade) com excepção das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto”.

Dessa forma considero e defendo que a união de todos os autarcas da região é determinante como forma única de garantir a execução de investimentos de âmbito nacional nos territórios da CIM Região de Coimbra, bem suportados pelos quadros comunitários determinantes para os municípios sem excepção. E por conseguinte para a coesão territorial, competitividade associada quer a nível das empresas instaladas, mas também como pólo de atractividade para o investimento complementar privado, aperfeiçoando a rodovia e ferrovia, impulsionando serviços, como a saúde, a educação, a habitação garantindo a atractividade no que concerne à fixação de residentes e assim criando uma região próspera em justiça social e oportunidades comparativamente com o resto do país”. Quero acreditar que Coimbra cidade não deverá sofrer da desinformação do seu recentemente eleito edil, e que palavras tão duras e pouco ponderadas se devem apenas ao facto deste ainda não ter mudado o “chip” de líder da oposição para autarca do Município de Coimbra.

Estarei sempre atento e vigilante na defesa intransigente da região de Coimbra e na sua afirmação nacional.

 

Nuno Moita da Costa

Presidente da Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista