Núcleo Regional do Centro reforça a recuperação dos atrasos de diagnóstico com nova unidade de rastreio de cancro da mama

O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC.NRC) assinala o Dia Mundial do Cancro com a inauguração de uma nova unidade móvel de rastreio de cancro da mama, destinada à Região Centro. Trata-se de uma unidade adicional que se junta às anteriores oito unidades móveis, adquiridas pelo Núcleo Regional do Centro em 2019/2020. Com o custo aproximado de 350 mil euros, este valor acresce aos anteriores 3,5 milhões de euros de investimento no diagnóstico precoce de cancro da mama, na região centro.

O Núcleo Regional do Centro prossegue, assim, a sua política de atualização tecnológica dos meios de disgnóstico do Programa de Rastreio de Cancro da Mama, atividade iniciada na década de 90 na Região Centro, através do investimento em unidades e equipamentos de mamografia de última geração. Recorde-se que se tratam de equipamentos mamográficos dotados de tecnologia mamográfica digital direta e preparados para a tomossíntese.

Neste Dia Mundial do Cancro, a LPCC traça um retrato preocupante da realidade oncológica em Portugal no contexto pandémico de COVID-19, estimando que o cancro matou 30.168 pessoas em Portugal em 2020[1], número que tenderá a crescer nos próximos anos face aos atrasos do diagnóstico e tratamento. Nesse sentido, de acordo com o Professor Vítor Rodrigues, Presidente da Direção da LPCC.NRC, “esta nova unidade, adicional às que estavam já em funções, que hoje se inaugura, pretende reforçar a recuperação dos atrasos de diagnóstico decorrentes do encerramento do rastreio durante 3 meses, em 2020, e de alguma dificuldade de normalização posterior. Embora, neste momento, a atividade de rastreio de cancro da mama esteja normalizada, urge resolver os atrasos entretanto verificados no mais curto prazo de tempo”.

De salientar que esta política de investimento decorre de recursos próprios decorrentes das atividades de angariação de fundos na comunidade, desenvolvidas pelo Núcleo Regional do Centro da LPCC.

Na cerimónia de apresentação da unidade móvel de rastreio de cancro da mama, que decorreu esta manhã no Centro de Saúde de Pombal, estiveram presentes a Dra. Natália Amaral, Secretária-geral da Direção do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro; em representação da Ministra da Saúde, a Dra. Rosa Reis Marques, Presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Centro; e o Dr. Pedro Pimpão Santos, Presidente da Câmara Municipal de Pombal.

A incidência de cancro tende a aumentar em todo o mundo, morrendo anualmente cerca de 10 milhões de pessoas, o equivalente à população de Portugal. Nesse sentido, o DMC visa consciencializar, melhorar a educação e promover a ação pessoal e coletiva, na luta contra o cancro. “Por cuidados mais justos- Juntos criamos a mudança” é o tema da nova campanha de três anos para esta efeméride, um dos mais importantes dias de consciencialização da saúde, que tem como foco a promoção da equidade na prestação de cuidados de saúde.

Como é habitual, nesta data, várias ações na Região Centro ganham expressão, através da cooperação da Liga com entidades locais públicas, privadas e empresariais, que neste dia se unem sob uma mesma causa e falam a uma só voz. Só pessoas unidas fazem a mudança acontecer. Ao aumentar a literacia e a compreensão em torno do cancro, reduzimos o medo, aumentamos a compreensão.

Para mais informações, consulte: www.ligacontracancro.pt/dmc/

 

Sobre o Dia Mundial do Cancro

O Dia Mundial do Cancro (DMC) é uma iniciativa da União Internacional de Controlo do Cancro (UICC), da qual a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) é full member desde 1983. Criado em 2000, o DMC, que se celebra a 4 de fevereiro, pretende capacitar e unir a população para enfrentar um dos maiores desafios de saúde pública. Consciencializar, melhorar a educação e promover a ação pessoal e coletiva, na luta contra o cancro, são o foco do DMC.

A campanha trianual “Por cuidados mais justos – Juntos criamos a mudança”​ constitui um fio orientador para trabalhar um tema específico a cada ano, integrando a trilogia: conhecer (2022), agir (2023) e desafiar (2024). Em 2022, a campanha visa a compreensão e o reconhecimento das desigualdades no tratamento do cancro. É o ano para questionar e ajudar a reduzir o estigma; ouvir as perspetivas dos doentes oncológicos e as suas comunidades.