Bloco de Esquerda presente na greve da Lactogal para defender melhores salários

O Bloco de Esquerda esteve presente na greve dos trabalhadores da Lactogal, Oliveira de Azeméis, desta quarta-feira, dia 22 de dezembro. Entre outros representantes do partido estiveram Moisés Ferreira, deputado na Assembleia da República e cabeça de lista do BE às legislativas de 30 de janeiro, e Eduardo Couto, que integra as listas do Bloco a essas mesmas eleições legislativas.

A Lactogal teve, só entre 2017 e 2019, cerca de 60M€ de lucro, no entanto tem-se recusado a proceder a aumentos dignos aos seus trabalhadores, propondo um aumento de apenas 1%.  Para além disso não paga subsídio de alimentação e não reconhece a antiguidade dos trabalhadores, fazendo com que quem trabalhe há 15, 20 ou mais anos esteja hoje a ganhar quase o salário mínimo nacional.

Isto tudo enquanto a administração da empresa ganha cerca de 100 mil euros de salários.

É para combater estas injustiças que o Bloco de Esquerda se tem batido por medidas que aumentem salários e rendimentos do trabalho. Essa é uma urgência nacional. Hoje em dia, do rendimento gerado no país, apenas 44,5% vai para salários; o restante (55,5%) vai para o capital.

Para as próximas eleições legislativas o Bloco de Esquerda propõe várias medidas que vão ao encontro das reivindicações das trabalhadoras e dos trabalhadores da Lactogal:

– aumento do salário mínimo, acompanhado de um aumento do salário médio, para que Portugal não se torne um país de salário mínimo;

– reconhecimento legal de mais direitos a quem trabalha por turnos: subsídio de turno, redução do tempo de trabalho, majoração dos dias de férias e direito à reforma antecipada sem penalizações;

– consagração na lei do direito ao subsídio de alimentação para os trabalhadores do privado com um valor mínimo igual ao do setor público;

– aplicação de leques salariais para reduzir as desigualdades sociais. Uma administração não pode ganhar num mês o que um trabalhador ganha em anos de trabalho.

Estas medidas são necessárias e possíveis. Podem ser uma realidade a partir de dia 30 de janeiro de 2022. Basta que o Bloco de Esquerda tenha votos e força para isso.